quinta-feira, 10 de maio de 2018

Caldas 3 - Benfica 2



18.ª jornada (12 Janeiro de 1958)

Caldas da Rainha: Campo da Mata 

Árbitro: Álvaro Rodrigues de Coimbra

CALDAS: Vitor, Amaro, Saraiva, Fragateiro, António Pedro, Orlando, João Resende, Sarrazola, Janita, Romeu e Rogério.
Orientador/Técnico: Tavares da Silva e Treinador/Jogador: János Hrotkó

BENFICA: Bastos, Fernando Ferreira, Artur Santos, Ângelo, Fernando Caiado, Alfredo, Francisco Palmeiro, Coluna, José Águas, Salvador e Cavém.
Treinador: Otto Glória

1-0. O guarda-redes Bastos na própria baliza.

2-0. Sarrazola consegui fugir a Alfredo e centrou, Janita falhou, mas João Resende não perdoou, atirando com boa conta e obtendo o 2.º golo.

2-1. José Águas de penalty por falta de mão na bola de Orlando.

3-1. Num resulto de bola depois de um mau despacho do Artur, Janita aproveitou para marcar o 3.º tento.

3-2. Marcou Salvador, atenuando o resultado desfavorável dos benfiquistas.

Saraiva cortando um ataque de Francisco Palmeiro

CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Record"): O Benfica foi deixar ao Campo da Mata as poucas esperanças que ainda existiam para manter o título de campeão. E o certo é que os "encarnados" foram batidos sem apelo nem agrado por uma equipa que no decorrer dos 90 minutos lhe foi superior e que demonstrou muito mais disciplina de jogo e maior velocidade de execução. Os benfiquistas não se podem, portanto, queixar do resultado. Ele traduz de forma perfeita a melhor exibição da equipa do Caldas, que desenvolveu sempre um futebol mais claro e sabendo construir as melhores ocasiões de golo, algumas das quais não concretizadas por manifesta infelicidade. A turma da "casa" apresentou um esquema que não é muito habitual e os benfiquistas não souberam encontrar o antídoto para contrariar. O ataque caldense jogou por sistema em W e os defesas "encarnados" nem por isso avançaram um jogador (que estava a mais lá atrás), deixando no centro do terreno apenas um homem (Fernando Caiado) para três adversários (os dois interiores que formavam dois vértices do W e ainda António Pedro para as sobras). Por isso mesmo o meio campo foi dos da "casa", e quando o não era os benfiquistas ficavam sempre em desvantagem numérica, com evidente consequência na arquitectura das jogadas. Sem valores de classe a turma do Caldas formou um verdadeiro conjunto, com todas as peças bem dispostas a todas elas com missões a desempenhar que de uma maneira geral foram compreendidas e cumpridas. O melhor em campo foi considerado o jogador do Caldas, Sarrazola.

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